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Saúde

Família de jovem pernambucano faz apelo pela conscientização sobre doação de órgãos


Por: REDAÇÃO Portal

O adolescente Pedro Henrique, de 17 anos, está internado em estado gravíssimo com miocardite

12/08/2025
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O adolescente Pedro Henrique, de 17 anos, está internado em estado gravíssimo com miocardite

Foto: Arquivo pessoal

Em dois meses, a vida de um pernambucano de 17 anos, e de sua família, mudaram completamente. Vibrante e marcado por uma presença leve entre os amigos, o jovem Pedro Henrique foi diagnosticado com uma miocardite, que é uma inflamação no músculo do coração capaz de afetar o bombeamento de sangue adequadamente, causando insuficiência cardíaca.

Hoje internado em estado gravíssimo em uma unidade de saúde privada na capital pernambucana, Pedro utiliza uma máquina ECMO (Oxigenação por Membrana Extracorpórea) e um Dispositivo de Assistência Ventricular, enquanto aguarda por um novo coração. Por isso, sua família faz um apelo pela conscientização sobre a importância da doação de órgãos, afinal, cada segundo faz diferença.

A reportagem da CBN Recife conversou com a tia e madrinha de Pedro, Clarissa, que relatou que, apesar de ser pernambucano, o jovem morava em Goiás com a mãe. Há pouco tempo, ele havia decidido ficar com o pai no Recife e já estava construindo vículos com a cidade. Os primeiros sintomas da miocardite surgiram de forma repentina.

“Em maio, Pedro estava com a gente, forte, feliz, saudável e de repente, ele começou a sentir náuseas, a ter crises de ansiedade. Ele ficava muito inquieto e dizia que sentia um tipo de enjoo. Quando a gente foi realmente perceber que ele tava com miocardite, o coração já estava muito comprometido. A progressão do problema é muito rápida”, contou.

Os familiares de Pedro Henrique estão se revezando para prestar assistência ao jovem na unidade hospitalar. E diante da necessidade de um novo coração, os parentes do adolescente deram início a  uma campanha de conscientização nas redes sociais sobre o assunto. 

Segundo dados do Ministério da Saúde (MS), cerca de 78 mil brasileiros esperam por um transplante. No caso do coração, em casos graves que exigem internação, a espera pode ser de dois a seis meses, mas em geral, o tempo médio pode chegar a um ano e meio. 

Clarissa reforça que, apesar de muitas pessoas já serem conscientes sobre a importância da doação de órgãos, a falta de informação e o preconceito ainda são barreiras para quem não tem tempo a perder.

“A família precisa autorizar. Mesmo eu deixando na minha carteira, é preciso autorização. A gente ficou sabendo que apareceu um coração disponível em um hospital, mas a família não quis doar porque não sabia se o ente queria. Também temos visto a reação de desconfiança das pessoas. Então, o nosso apelo é de que as pessoas falem com suas famílias sobre o assunto e digam: ‘eu quero ser doador’. 

Um único doador de órgãos pode salvar até 8 pessoas, como Pedro Henrique, e transformar a vida de muitas outras com a doação de tecidos como córneas, pele, tendões e ossos. A doação é um gesto de amor que multiplica a esperança, mas sobretudo, ressignifica a vida.

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