Família de jovem pernambucano faz apelo pela conscientização sobre doação de órgãos
O adolescente Pedro Henrique, de 17 anos, está internado em estado gravíssimo com miocardite

Foto: Arquivo pessoal
Em dois meses, a vida de um pernambucano de 17 anos, e de sua família, mudaram completamente. Vibrante e marcado por uma presença leve entre os amigos, o jovem Pedro Henrique foi diagnosticado com uma miocardite, que é uma inflamação no músculo do coração capaz de afetar o bombeamento de sangue adequadamente, causando insuficiência cardíaca.
Hoje internado em estado gravíssimo em uma unidade de saúde privada na capital pernambucana, Pedro utiliza uma máquina ECMO (Oxigenação por Membrana Extracorpórea) e um Dispositivo de Assistência Ventricular, enquanto aguarda por um novo coração. Por isso, sua família faz um apelo pela conscientização sobre a importância da doação de órgãos, afinal, cada segundo faz diferença.
A reportagem da CBN Recife conversou com a tia e madrinha de Pedro, Clarissa, que relatou que, apesar de ser pernambucano, o jovem morava em Goiás com a mãe. Há pouco tempo, ele havia decidido ficar com o pai no Recife e já estava construindo vículos com a cidade. Os primeiros sintomas da miocardite surgiram de forma repentina.
“Em maio, Pedro estava com a gente, forte, feliz, saudável e de repente, ele começou a sentir náuseas, a ter crises de ansiedade. Ele ficava muito inquieto e dizia que sentia um tipo de enjoo. Quando a gente foi realmente perceber que ele tava com miocardite, o coração já estava muito comprometido. A progressão do problema é muito rápida”, contou.
Os familiares de Pedro Henrique estão se revezando para prestar assistência ao jovem na unidade hospitalar. E diante da necessidade de um novo coração, os parentes do adolescente deram início a uma campanha de conscientização nas redes sociais sobre o assunto.
Segundo dados do Ministério da Saúde (MS), cerca de 78 mil brasileiros esperam por um transplante. No caso do coração, em casos graves que exigem internação, a espera pode ser de dois a seis meses, mas em geral, o tempo médio pode chegar a um ano e meio.
Clarissa reforça que, apesar de muitas pessoas já serem conscientes sobre a importância da doação de órgãos, a falta de informação e o preconceito ainda são barreiras para quem não tem tempo a perder.
“A família precisa autorizar. Mesmo eu deixando na minha carteira, é preciso autorização. A gente ficou sabendo que apareceu um coração disponível em um hospital, mas a família não quis doar porque não sabia se o ente queria. Também temos visto a reação de desconfiança das pessoas. Então, o nosso apelo é de que as pessoas falem com suas famílias sobre o assunto e digam: ‘eu quero ser doador’.
Um único doador de órgãos pode salvar até 8 pessoas, como Pedro Henrique, e transformar a vida de muitas outras com a doação de tecidos como córneas, pele, tendões e ossos. A doação é um gesto de amor que multiplica a esperança, mas sobretudo, ressignifica a vida.
Not��cias Relacionadas
- Por REDAÇÃO
- 12/08/2025
Família de jovem pernambucano faz apelo pela conscientização sobre doação de órgãos
O adolescente Pedro Henrique, de 17 anos, está internado em estado...
- Por REDAÇÃO
- 11/08/2025
Sete em cada dez brasileiros sofrem com distúrbios do sono, segundo levantamento da Fiocruz
Problemas como apneia, insônia e narcolepsia afetam milhões e podem gerar...
- Por REDAÇÃO
- 10/08/2025
Do estigma ao sorriso: a luta pela saúde bucal no Brasil
Reduzir a perda dentária no Brasil não depende apenas de ampliar o número...
- Por REDAÇÃO
- 09/08/2025
Extensão dos Sorrisos: a atuação do Projeto Acolher, no Recife
No Recife, um projeto de extensão da UFPE transforma a vida de crianças e...
- Por REDAÇÃO
- 09/08/2025
Extensão dos Sorrisos: a não obrigatoriedade da odontopediatria no SUS e os caminhos a serem enfrentados
Especialistas apontam como a escassez desse tipo de profissional pode afetar...
- Por REDAÇÃO
- 07/08/2025
Recife sedia Congresso Pernambucano de Geriatria e Gerontologia
Evento reunirá especialistas nos dias 8 e 9 de agosto